[...] Após a travessia de tantas calçadas sob o sol de dezembro e de tantas esquinas em hora de trânsito engarrafado, que sensação de descanso, embora o trajeto não fosse assim tão longo! Sim. Quen sensação de alívio, de refúgio e, principalmente, de segurança!
As cortinas semicerradas, as percianas descidas, coavam uma luz doce, cor de água, quase de penumbra. As coisas estavam em seus lugares, os móveis reluziam e tudo - poltronas, mesas, quadros, vasos, plantas - parecia acolhê-la com implícitos votos de ventura: " Seja bem vinda ao seu pequeno universo. Aqui você reina e todos nós, seus servos, não passamos de um reflexo da sua personalidade. O seu mundo é este, e não outro."
"Fugir...Sumir...Desaparecer... E, numa transição disfarçada, o seu monólogo interior foi derivando para a surpresa daquela tarde, que a pusera em sobressalto até chegar ao apartamento."
[do livro: O criador de centauros - Maria de lourdes teixeira]
''E, numa transição disfarçada, o seu monólogo interior foi derivando...''
ResponderExcluirno trânsito é melhor ir a pé mesmo
ResponderExcluir